Automatismos
Um dia, num futuro distante, uns seres de um qualquer planeta perdido na galáxia, conseguiram chegar às estrelas. |
Diáspora: "emigração ou saída da pátria."
Política: "conjunto de objectivos que servem de base à planificação de uma ou mais actividades;"
As ideias, e as formas como estas se passeiam pelos exílios que vão surgindo nos nossos fundos de significados. Agora com novo espaço: www.diasporapolitica.net
Um dia, num futuro distante, uns seres de um qualquer planeta perdido na galáxia, conseguiram chegar às estrelas. |
Blog & Fame, ou Fama(ções) e Blog(acções). Confesso que depois materializar este blog, comecei a olhar um pouco em volta a ver o que se escrevia, ou como se diz na gíria dos entendidos, se "blogava". Confesso também, que um dos que mais me interessou foi o Arcabuz. Foi lá que me apercebi de uma discussão sobre uma certa "lei dos blogs" no que toca às possíveis responsabilidades civis de eventuais infracções de direitos à imagem, difamações e afins e me fez reflectir um pouco sobre esta matéria. Não tendo nem querendo ter queda para legislador, interpretador ou interveniente não me interessa se existirá ou não mais uma ridícula tentativa legislativa de condicionamento de conteúdos de comunicação. Já me sobra ser juiz de mim próprio. Parece-me pertinente avisar o visitante da minha Diáspora, de que entra na minha privacidade. Ou teremos um dia legislação de uma qualquer "Central de Comunicação" para aplicar microfones nos bares, cafés, casas privadas, entre amantes, amigos, borgas, etc. ...? Obrigado, Arcabuz, por me fazer ocorrer esta ideia, que originará um EULA/Disclaimer/Declinação de Responsabilidade incluído no necessitado "lifting" visual que está para breve, quando me der para isso! Pê |
É bom saber que não sou só eu que não me deixo encantar pelos dotes comunicativos e sedutores de PSL.. |
Esta história da violência contra mulheres, tresanda. A violência tem sempre dois intervenientes, cada um dos quais, nunca se pode abordar isoladamente um do outro nesta dinâmica relacional. Temos a vítima e o agressor envolvidos numa relação, seja qual for. Como se pode verificar nesta dinâmica, uma violência activa existe sempre acompanhada de uma correspondente passiva. É um "equilíbrio" entre os dois intervenientes no processo, com variados âmbitos presentes que ajudam a construir a circunstância.
Sem pretensão de fabricar uma verdade universal, parece razoável intervir no processo onde ele se desenrola quebrando o ciclo de agressão/aceitação que o eterniza e o protege das consequências e responsabilidades.
Por isto mesmo, os meios que são empregados na protecção da vítima seriam muito mais eficazes se o fossem na ajuda ao agressor. São apenas ideias com um pouco de ciência do oitavo ano, não é preciso muito. É que o agressor também precisa de ajuda. É se calhar o que mais precisa. |
A chamada Geração de Abril, de um modo lato, tem-se encontrado um pouco à margem de uma reflexão crítica endógena, mais culturalmente enriquecedora do que se deixada para os historiadores depois de desaparecida, dispersa pelas campas, jazigos e homenagens póstumas e conciliatórias. Se encararmos uma correlação dinâmica entre estas três variáveis interconstringentes, veremos que: 1) Se asfixiamos ou sobrevalorizamos a presença do passado na cultura, alteramos significativamente o contexto de presente e o fluxo das ideias para o futuro. Estes equilíbrios tão caros aos Portugueses na sua já longa história, repetem-se de uma forma intrigante. E repetiram-se novamente após a orgia de discussão dos verões quentes (foi só um? risos...), com alguns ecos idiossincráticos que duraram poucos mais lustros, mas de repente, olhando os sucessivos presentes que formam o meu passado, fico com a sensação de que é "preciso enterrar o passado". O da outra Senhora, e o do 25-Abril, excepto no que toque às cerimónias, homenagens, e palhinhas para se comprar mais uma casa no Algarve. Mário Soares tem toda a razão quando fala em "revoltas descontroladas". Este Mário Soares tem a razão no target da sua crítica. |
Nas múltiplas vezes que utilizo taxis nas minhas deslocações, quando se proporciona, gosto de ouvir o que o povo diz acerca deste ou daquele assunto. A par dos Porteiros, os Taxistas encontrar-se-ão entre aqueles que lidam com um maior leque de contactos transversais na sociedade, traduzindo-se numa particular multiplicidade de recolha de opiniões. Quando é conveniente, faço uma pergunta simples: "O Sr. confiaria o governo a uma pessoa que liga mais ao que os outros dizem dele do que a qualquer outra coisa?" A resposta é sempre, um rotundo "Não Senhor!". Afinal veremos em 2006, se serão apenas mais uns tímidos e característicos luso-queixumes inconsequentes. |
Ecos (I) Alguém me saberá apontar um "Grande e Glorioso Feito" deste "Grande Líder do Astral Celestial"? Os imediatos são para ser vividos no aqui e agora. PS: Eu de facto estava a VER o Contra-Informação que foi interrompido no Domingo último. E ria-me como há muito não me ria. Ecos(II) A lenda de Eco e Narciso é reveladora. Portugal, a começar pelo PSD-visível, transforma-se lenta e serenamente no Charco De Água Prateada no qual Narciso viu o seu reflexo pelo qual se apaixonou, no qual definhou e morreu nascendo a flor homónima no seu lugar. Os Portugueses transformam-se numa Eco, como ecos que repetidamente soam por nenhures na necessidade de se valorizarem na sua identidade, que esmorecem contra a essência definhante do Narciso apaixonado por si próprio. Da flor eventualmente resultante, talvez os reformados do norte europeu aproveitem os resourts & condomínios, casinos, casas de alterne, campos de golfe, corridas de cavalos e um ou outro jogo de futebol. Quem sabe se Némesis não fará a propagação do seu hálito gélido através de 24-D despertos(!), ou mais à frente, dos meus/teus/nossos/seus filhos? |
Ainda não há muito tempo, algo de astral, seria efectivamente uma consideração de natureza mística. Desde aquela salada do "Bairro Alto Astral" que esta perspectiva se revela preocupante. Ora "Bairro Alto Astral" soa a antónimo de "Profundeza de Túnel Demoníaco", dualidade duvidosa de equilíbrio sombrio, ao que acrescentando "Nossa Senhora de Fátima, chegue para lá o Prestige e mande-o para o Hades de Espanha", ainda coloca qualquer percepção racional e sistematizada ainda mais terrificada. O Primeiro Ministro conseguiu legitimar-se numa extraordinária sessão espírita em que esconjurou aqueles indivíduos que durante o meu crescimento faziam política, embora não concordando, traziam substância e racionalidade ao debate, como se de malignos e iníquos seres extra-físicos se tratassem. Se as palavras deste evocassem efectivamente a alma do malgorado Sá-Carneiro, provavelmente S (Santana Lopes) estaria a construir a sua casa de poder sobre um cemitério índio, tal e qual Poltergeist. Esta é uma daquelas situações em que quase dá pena que não funcione como alguns dizem. O facto é que ao pedir aos portugueses, mais uma vez, um Alto Astral, não só demonstra que temos um ser absolutamente demodé e pretensioso de que está na "crista da onda", mas também escarnece ignobilmente dos afectos da população desgastada de repetidos erros e faltas de respeito. O "Alto Astral" que S pede aos Portugueses, é mais revistas cor-de-rosa. É pedir-lhes que sem embrenhem mais em Currais de Celebridades & Proto-Celebridades-Arranjadas no escritório do Tomás. Mais do que misticismo, esoterismo-à-Kapital ou fé, atiram-nos com uma autêntica Salada para os olhos.
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Faço aqui um extracto da ideia de 24-D, pois julgo-o pertinente, neste momento. Origem. Caracterização. (Des)Magnetizações. Polarizações. Em suma,
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Impotência. Impotência do interior de seres que conjuram e tramam urdiduras de Aparência. Impotência em se apresentar consistência. Impotência em se SER consistência. AQUI, AQUI, AQUI e AQUI. Impotência em se ser flexível. AQUI. Impotências dos espíritos, compensadas pela Graça de Aparência. Por Aparência, Lisboa é como uma viúva de guerra, de casa pilhada. Violada. Até à cave. Gigantescos túneis existem na mente dos Lisboetas. Simplesmente para receberem os gigantescos falos com que os narcisos compensam as suas impotências. AQUI, porque Aparência é o fim. AQUI, porque Aparência é o meio. AQUI, porque meios e fins confundem-se. AQUI, porque é Aparência de antítese. AQUI, porque é antítese de Aparência. E os Lisboetas recebem os falos repetidamente.
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Não, não, nunca fui a Beirute. Soube da existência do Líbano ainda em Paris. Virava-se a década do sete para o oito, e na confusão de senegaleses, turcos, tunisinos, iranianos, argelinos, franceses, portugueses, italianos, chineses, japoneses, irlandeses, ingleses, suecos, holandeses e alemães, de cada qual tenho a Memória do nome, conheci duas Libanesas cujo nome não me recordo. Foi a minha primeira associação ao Líbano, petrificada na minha memória pelo carinho que aquelas duas irradiavam sobre o ser pequeno de seis anos recém-completos. Durante o Mundial-82, em Espanha, entre o Naranjito e o Zico, mais tarde a torcer pelo Platini contra os Italianos, vejo um telejornal. Hoje, mesmo depois de ter lido "Media Control - The Spectacular Achievments of Propaganda" ainda não me conformo quando afinal o que eu vi foram crianças a chorar com os bombardeamentos, e Israel na eterna vitamização que explora imoralmente até à medula, herança de fornos enormes e chuveiros que não deitavam água. Dizia o outro, que antes de se ser Cristão, é-se Judeu. O Velho testamento é o mesmo. O Novo é um acrescento, com a consequente amplificação do espectro de interpretações. Moisés, é tão Judeu como Cristão, é tão deles como meu, que aqui nascido nesta teia cultural, não fui à Pia. Por alguma razão se fala em Judaico-Cristianismo. Ainda hoje, aqueles aviões Israelitas bombardeia-me aqueles sorrisos. O Povo Judeu, fala na sua Diáspora milenar. Nós os Portugueses, muito devemos a essa mesma Diáspora, embora a tendo maltratado, esta diluiu-se em nós e de alguma forma contribui para o que somos, para bem e para mal. Tendo em conta toda a burguesia Judaica, Espinosas e afins, considero hoje os Judeus como um povo em quase tudo europeu. O Israel de hoje em dia, é muito distante da glória de David ou da justiça de Salomão. Em Beirute aqueles aviões bombardearam aqueles sorrisos de que nunca me esquecerei. Fica bem! |
Ou, As Americanas(II). É o apelo sem dó dos Americanos às Americanas. As Americanas são tramadas: Só aceitam Americanos. As Americanas, são eleições. Nós, os restantes, vivemos na casa alheia. Nós, ai de nós, uns tais de 80% fantasmagóricos que apenas pairam como fogo fátuo sobre As Americanas, as tais Eleições: |
Sinto e penso-me mesmo com falta de imaginação e originalidade para falar, comentar, opinar ou arranjar uma posta que seja, de pescada ou de bacalhau, para me referir às Americanas. As Americanas deram tesão ao mundo inteiro. Quase todo o mundo tentou mendigar discreta e libidinosamente às Americanas que apareceram pela TV, pelos jornais, pelas rádios, pela Internet em jeito de omnipresença e omnivalência: Deixas-me introduzir o meu voto na ranhura da tua urna? |
Tinha um ano e poucos picos. Mais birra. Viro-me para trás, fito o sol poente sobre a enorme boca do mar que mais tarde vim a conhecer como Barra do Tejo Ou Mais Além. Foi aquele barco que me fixou o acre seco do Sal do Guincho, do Sal da Galé, as cintilâncias daqueles sonhos no Deserto Australiano, aqueles brilhos doirados do Sol nas pequenas ondas no Tejo, e nas ondas das dunas do mar de areia de Dune. Autêntico silício liquefeito. É aquele mundo que nunca deixou de existir na minha Verdade, pois estou sempre na Barra do Tejo Ou Mais Além. Era o mesmo barco, aquele que sempre me transportou. A Memória tem este valor, este fulgor, este alcance e esta Verdade. É este mesmo, o barco! |
Sim, de facto, de alguma forma, Eu Estive Lá. Estive lá, na minha origem escondida e clandestina. Afinal, estive sempre lá, de uma forma ou de outra. E tu, só agora vais? Afinal, sempre fui Jonas e Tive 25 Anos no Ano 2000. Para que fique claro, Eu Estive Lá. |
Há muitos anos atrás, pediram-me que fizesse um texto sobre a política educativa (recuso-me a usar maiúsculas neste contexto) de então, com o fim de resultar numa contribuição para uma determinada publicação. Nesses idos algures em 1993/1994, ainda não havia Internet, SMS e e-mail. O uso dos computadores como meios de produção estava então reservado a ambientes ou profissionalíssimos, ou restritivíssimos de umas quaisquer salas de informática nas estruturas mais apetrechadas. Assim, leitura era efectuada de forma quase exclusivamente física, e a escrita, era o frenesim dos dedos e a tensão da mão por vezes em autênticas maratonas de Step-estenográfico. O texto que mui orgulhosamente produzi, iniciava-se, se a memória está correcta, com a frase: "O Estado da Educassão em Portugal". Recordo-me ainda que pelo corpo daquele texto, introduzi circunstancialidades ortográficas afins noutros termos. Eram tempos de muita vontade de afirmação, frequentemente até em demasia para este corpo, próprios para o quociente idade/circunstância, e - quero confessar - julgava que poderia ganhar um Pulitzer ajudado pela Graça de Aparência. Aí iniciaria a rampa ascendente de actividade política, que me permitira a prazo mais ou menos médio, mudar o mundo para melhor - claro segundo a minha ideia. Tinha então feito todo o filme do resto da minha vida. Uma vez terminado, o texto, foi submetido à apreciação discreta de duas pessoas de confiança. Tempos depois, talvez um par de meses, V. confessa-me discretamente que D. andava preocupad@ com a minha escrita e com o meu nível cultural. Que tinha encontrado "(..) erros ortográficos inacreditáveis (..)" num texto "qualquer" meu que tinha "achado". Aparência tinha-se dignado a bafejar-me com a Sua Graça de tal forma, que Verdade brincou comigo. Hoje magoa-me não ter esse texto comigo. Mesmo sem Internet, SMS, e-mail e afins, Educassão afinal era então já uma palavra! |
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Coisas que me vêm à mente. Frequentemente encontro-me a perder tempo. Fito um qualquer horizonte para além dos limites da visibilidade que o sensível me apresenta, e tento perceber tudo o que não compreendo. Tudo o que esteja para além de Aparências. Num Metro de faces anónimas, pungente em olhares desbocados de rostos de Aparência, interrogo-me sempre: Será natural a inexpressividade de Aparência, ou será natural a expressividade de Aparência? Tomando o lugar desse qualquer horizonte que nem sei caracterizar, em Fade-In à Sam Mendes (brilhante!) surge-me a imagem de uma qualquer que um dia dava pitecadas com o indicador impulsionado pela força efectuada para provocar a cedência do seu polegar, nos seus Incisivos Superiores e se gabava, com 27 anos, da capa de cerâmica, ou de um compósito qualquer perlado, um desses materiais dos dentistas - sei lá - que revestia a sua Verdade dentífrica. Num corte de cena abrupto, os meus olhos focam-se numa desconhecida, lá ao fundo, com uma ligeira massa de carne não identificável na sua pálpebra superior do seu olho esquerdo. Novo corte abrupto. Perdi muito cabelo desde a minha adolescência, que acontecia ainda há cinco minutos. Cada pitecada daquelas, era um cabelo que me sentia arrancado, roubado. Cada um como um gongo hindu, sob o som do Mantra que se encaminha para a minha decadência de Aparência. Imediatamente preocupo-me com o posicionamento da minha postura. Quero que Aparência seja tão expressiva como inexpressiva. Sonic Youth ecoam-me nos meus ouvidos e provocam-me um Fade-Out, também à Sam Mendes, e fixo olhar num horizonte bem mais tangível e caracterizável: O dos carris cintilantes num esplendor mecanicista, da via de sentido contrário do Metro. Mas afinal o que têm estas Diásporas da mente e dos afectos, de relação com Política? Banalizada a Aparência de assunto de deste Blog, a sua Verdade começa - até para mim! - a tomar alguma forma de concretização. A Política que se faz neste Blog, é uma emanação de Aparência sob a forma de umas quaisquer Diásporas em que a mente se vai perdendo. |