Slice of Life
Foi algo que me ocorreu, assim simplesmente. |
Diáspora: "emigração ou saída da pátria."
Política: "conjunto de objectivos que servem de base à planificação de uma ou mais actividades;"
As ideias, e as formas como estas se passeiam pelos exílios que vão surgindo nos nossos fundos de significados. Agora com novo espaço: www.diasporapolitica.net
Foi algo que me ocorreu, assim simplesmente. |
A Comissão Europeia elaborou um quadro de apoio financeiro ao Burro Mirandês. |
Saio do "Buraco" esta manhã, com o fim de comprar açúcar para o indispensável produto da bodum que toda a santa manhã tomo. |
Há coisas – como Portugueses - em que somos definitivamente especialistas.. Quantas vezes não se ouve, ao longo da última década, que a culpa de determinada coisa é do “sistema informático”, tal e qual como se dissesse que terá sido a “vontade de Deus”, ou do “Diabo à’tentar ali atrás da porta” ou de outro qualquer malvado mafarrico, coitado, que leva com as culpas em cima de algo que nem na bíblia se concebia: a computação cruel e fria de dados ao serviço dos humanos. O recente circo da colocação de professores, revela-o da forma mais desumana possível, numa interdisciplinaridade de trapalhada, mau profissionalismo, pura incompetência e cru desrespeito pela inteligência das pessoas. Se recuarmos um ano, observamos que o Ministério da Educação anunciou que publicaria às 00 horas de tal dia os resultados da colocação dos professores de então. O sistema falhou, encravou, e o responsável disse então em várias entrevistas, exultante e vibrante, que se tinha tido “hits” na ordem das centenas de milhar por hora, portanto, “era natural que o sistema informático não funcionasse como normalmente”. Ora, ou somos todos muito parvos, ou a empresa que desenvolveu o sistema não fez o pai nosso de qualquer produto antes de ser lançado: “Unit test cases”, “System Tests” e “Global System Tests” antecipando as condições críticas esperadas em tal situação. A culpa? Mais um vez é do “Sistema Informático” e não de quem o fez, ou de quem contratou quem o fez. Recuemos ainda mais um par de anos, e relembremos os atrasos nos reembolsos do IRS e de pagamentos da Segurança Social. Depois de milhões de euros gastos durante mais de uma década na informatização dos serviços do estado, a responsabilidade, então, diluiu-se mais uma vez devido ao “Sistema Informático”. Avancemos até ao passado recente. A aposta que se avizinha, não é inovação é mais do mesmo: Implementações de Sistemas decididos em jantaradas por pessoas sem qualificação para tal. Já que Sócrates é tão opinativo, dirá ele se prefere Linux ao Mac OS X, ou o OpenOffice ao Microsoft Office? Seria mais uma trapalhada em que provavelmente diria que gosta do MS-DOS do Mac, e em que talvez parafraseasse algum autor no seu livrinho de bolso de citações. São este tipo de Comptas Obscuras que me assustam. Para saber mais, se tiver pachorra e interesse: http://www.ansol.org/ |
A quadra que finda formalmente no Dia de Reis, entre outros factores, constituiu uma óptima desculpa para um descanso predominantemente offline. Esta quadra é factualmente reduzida a uma mescla pré-natalícia de sedução, com aquele ar fino e frio que chega à cidade, com as suas multidões misturadas nas montras temáticas, iluminações fálicas e extravagantes, o fumo das castanhas assadas, as entradas e saídas contínuas das lojas, os comentários dispersos sobre aquela peça ou aquele brinquedo, os grupos de pessoas que se passeiam para verem e serem vistos, a baba no canto da boca dos operadores de telecomunicações, em suma, um leve toque de nostalgia, simbolizada por um velhote de barbas brancas de roupa tingida a vermelho-coca-cola tal, que se neste país nevasse como em outros, seria uma Quadra de Fazer Chorar as Pedrinhas da Calçada. A Durão Barroso elevou hoje a ajuda Europeia para 1500 milhões de euros. Por cá, entra-se no novo ano numa divisão entre o prenúncio místico do "fim disto tudo", e mais uma vez, perde-se uma oportunidade de sensibilizações e reflexão metodológica para alterações estruturais e necessárias quer no planeamento e conservação de Lisboa, quer na protecção civil. Não queremos, mais dia menos dia, ser alvo desta caridade. Ou queremos? Por muito que custe, este Dois Mil e Cinco, soa-me mais a Dois Milho e Bum. |