O Rei está morto. Viva o Rei!
O 25 de Abril está morto. Viva a Esquerda! |
Diáspora: "emigração ou saída da pátria."
Política: "conjunto de objectivos que servem de base à planificação de uma ou mais actividades;"
As ideias, e as formas como estas se passeiam pelos exílios que vão surgindo nos nossos fundos de significados. Agora com novo espaço: www.diasporapolitica.net
ou, Morais Segmentos (II) No meio do ruído - não comunicação - estridente que têm feito alguns dos membros deste governo, pelo que na pele sentem do Despedimento Colectivo por Justa Causa, teria que obviamente surgir, o Teórico. Além de redundante é inconsequente? |
Por vezes há imagens que chocam, quadros que nos tocam ou situações que nos marcam. |
“A Língua é o primeiro dos nossos afectos (...)” entrou-me pela paz e quietude de Fringes adentro com o anuncio de Fátima Campos Ferreira no âmbito do seu próximo Prós e Contras. |
Há zonas onde o pensamento vai em que a distinção entre o valor e o vazio é quase inexistente. Campos onde a razão se confunde com a sensação e em que ambas se encontram dispersas, amalgamadas uma na outra. Áreas onde pequenas vontades surgem, pequenas estratégias são elaboradas, pequenas satisfações são obtidas e a soma destas sucessões de acontecimentos sem pressa, sem pressão, nem avaliação ou juízo algum, fundamentam uma coesão assaz interessante lá no fundo de nós, onde as coisas importantes se definem. Esta coesão poderia dar pelo nome de paz, se não comportasse também as suas guerrilhas deliciosas. |
Há algum tempo que não visitava o Sítio oficial do Bloco de Esquerda, confesso que por um misto de desinteresse apático e visceral por "cassetes", sejam quais forem, e de tempo efectivo para o fazer. Mas enfim... todo e qualquer militante do BE lá deve ser bem mais inteligente do que eu... |
Quem se desloque ao Sítio oficial do Partido Socialista, depara-se com um rectângulo com dois cantos curvos. Esta semelhança com o logotipo da TVI, parece-me efectivamente casual, mas nunca inocente. |
Estabilidade A noção de estabilidade é algo que nesta semana que finda, faz todo o sentido abordar. Julgo pertinente seccionar as perspectivas de estabilidade em duas distintas. Numa curta observação retrospectiva, a presença da palavra estabilidade no diálogo político português surge com recorrência como argumentação da direita contra a esquerda. Desde a segunda metade dos anos 80, a palavra instabilidade surge por inerência no apelo ao voto contra a esquerda. O mesmo aconteceu nas eleições de 1995, pelos vistos infrutiferamente. Nestes últimos quatro meses, a palavra regressou novamente, de ambos os sectores, embora com ligeirezas diferentes. Mas afinal que estabilidade é esta com que determinados agentes insistem? A primeira perspectiva é a mais fácil, portanto, a que tem mais probabilidades Aparentes de se propagar na "massa eleitoral". A ideia de que umas eleições legislativas devem sancionar custe o que custar uma determinada maioria até ao fim do mandato é assim veiculada como definição de estabilidade. A primeira ideia, é por exemplo, a que parcialmente sancionou um Mobutu que garantiu cerca de três décadas de "estabilidade" no país que descendeu do antigo Congo Belga. É também a que serviu para legitimar em Aparência um Suharto, aos olhos dos Australianos. Os exemplos, seriam infindáveis. Sampaio soube com diligência segurar-se na segunda ideia de estabilidade para desenvolver a sua agenda política, sob os auspícios de uma Aparência marginalmente aceitável e acoplada à primeira ideia, mas sem dúvida muito mais habilidosa que a do estridente Santana. São efectivamente fibras diferentes, as de um que visualiza a estabilidade de forma dinâmica, e as de outro que se assenta exclusivamente em Aparência. Para mim, uma convocação de eleições é sempre um sinal de estabilidade e maturidade democrática. Seja quantas vezes forem precisas. O contrário é que levantaria sempre dúvidas e interrogações, e me faria sentir mais próximo da "estabilidade" do Zaire de Mobutu. Resta pesar o facto da estratégia de Sampaio ter saído cara aos contribuintes e à paciência de muitos Portugueses, demasiado cara para o que resultou num mero e há muito adivinhado Despedimento Colectivo por Justa Causa. |