Tuesday, November 16, 2004

Os Túneis do Sexo (II)

Impotência.
Impotência do interior de seres que conjuram e tramam urdiduras de Aparência.
Impotência em se apresentar consistência.
Impotência em se SER consistência.
AQUI, AQUI, AQUI e AQUI.
Impotência em se ser flexível.
AQUI.
Impotências dos espíritos, compensadas pela Graça de Aparência.
Por Aparência, Lisboa é como uma viúva de guerra, de casa pilhada.
Violada.
Até à cave.
Gigantescos túneis existem na mente dos Lisboetas. Simplesmente para receberem os gigantescos falos com que os narcisos compensam as suas impotências.
AQUI, porque Aparência é o fim.
AQUI, porque Aparência é o meio.
AQUI, porque meios e fins confundem-se.
AQUI, porque é Aparência de antítese.
AQUI, porque é antítese de Aparência.

E os Lisboetas recebem os falos repetidamente.
Estes entram em Lisboa pelos Túneis do Sexo que os narcisos abrem ou deixam que se abra.
São Túneis que convergem todos numa direcção:
24-D.
Pê.

 

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