Astrais
Ainda não há muito tempo, algo de astral, seria efectivamente uma consideração de natureza mística. Desde aquela salada do "Bairro Alto Astral" que esta perspectiva se revela preocupante. Ora "Bairro Alto Astral" soa a antónimo de "Profundeza de Túnel Demoníaco", dualidade duvidosa de equilíbrio sombrio, ao que acrescentando "Nossa Senhora de Fátima, chegue para lá o Prestige e mande-o para o Hades de Espanha", ainda coloca qualquer percepção racional e sistematizada ainda mais terrificada. O Primeiro Ministro conseguiu legitimar-se numa extraordinária sessão espírita em que esconjurou aqueles indivíduos que durante o meu crescimento faziam política, embora não concordando, traziam substância e racionalidade ao debate, como se de malignos e iníquos seres extra-físicos se tratassem. Se as palavras deste evocassem efectivamente a alma do malgorado Sá-Carneiro, provavelmente S (Santana Lopes) estaria a construir a sua casa de poder sobre um cemitério índio, tal e qual Poltergeist. Esta é uma daquelas situações em que quase dá pena que não funcione como alguns dizem. O facto é que ao pedir aos portugueses, mais uma vez, um Alto Astral, não só demonstra que temos um ser absolutamente demodé e pretensioso de que está na "crista da onda", mas também escarnece ignobilmente dos afectos da população desgastada de repetidos erros e faltas de respeito. O "Alto Astral" que S pede aos Portugueses, é mais revistas cor-de-rosa. É pedir-lhes que sem embrenhem mais em Currais de Celebridades & Proto-Celebridades-Arranjadas no escritório do Tomás. Mais do que misticismo, esoterismo-à-Kapital ou fé, atiram-nos com uma autêntica Salada para os olhos.
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