Sunday, October 17, 2004

Os Lobos


Dando uma volta, esta manhã, pelas notícias dos principais diários portugueses, vejo sequências de títulos e assuntos que invariavelmente passam sempre pelo mesmo: Santana Lopes, Paulo Portas (ou será na ordem inversa?), Sócrates (o ignóbil carreirista, não o histórico homónimo), por vezes Sampaio (coitado, representante de um último estertor de uma fornada de pessoas, que se concorde ou não com as suas ideias, têm o seu valor), FC Porto, SL Benfica, a crise do Sporting, Marcelo, Jardim, enfim..

Sobre as "Marcelices" da última semana e e meia, nem me apetece dizer nada, já que todos, rigorosamente todos, aproveitaram o assunto para se afirmarem como os maiores democratas do mundo.

Quanto ao Jardim, Alberto João, e o insulto que este me representa e me faz ter vontade de uma série de coisas.. Entre as quais, de dar independência à ilha da Madeira, ajudando-a a integrar ou o grupo do Magrebe, ou a União dos Estados da África Ocidental (A par do Sahara Ocidental, Mali, Senegal, Camarões, Gabão..), um dos dois, o "Povo Madeirense" que escolha, porque se isto de se ser Português é só quando convém, é como diz o outro, "I go there, and come back later". A Madeira regressará aqui com certeza, em breve.

S, P & S. Santana, Portas & Sócrates.
Um envelheceu desde que saiu "vitorioso" no golpe palaciano que conduziu à sua indigitação como Primeiro Ministro. Notoriamente, o seu cabelo esbranquiçou-se, os seus olhos andam mais cansados e as suas aparições mais estudadas: não tem tempo para ser comentador, para as noitadas, e, coitado, deverá ainda ter a mente num vórtice confuso com tanto dossier.
O segundo, surge cada vez mais de pedra e cal no seu "template" de estadista. Cada vez mais cuidado, cabelito, dentes novos e branco-choque à James Brown, roupas cada vez mais seleccionadas e nunca faz um nó de gravata igual ao do dia anterior.
O último é o novo D. Sebastião de quem não se revê nos anteriores. Ainda não tive estômago para olhar para sequência de gravatas deste. Mas a volatilidade com que este indivíduo pula, no mesmo âmbito, de uma situação extremamente duvidosa para circunstâncias de elogios cerrados, revolta-me. Relembra-me à data da criação da Rede Natura 2000, todos os problemas subsequentes e a leviandade com que algumas decisões foram então tomadas... e hoje temos os mesmos média que então o criticaram, a elogiarem-lhe esse passado recente.
Um último parágrafo dedicado aos restantes dois. Um demissionário, ou deverei dizer, em estado de saída induzida pelo comité central, não merece por enquanto considerações. Algo de tão imutável como as estrutura do PCP dá tempo suficiente para que se possa considerar e desconsiderar tudo. É um referencial fixo desafiante das leis físicas do universo, com um satélite 'geo-estacionário', PEV. O 'outro', BE, ainda regressará aqui, certamente. Não obstante o respeito que nutro pela "capa" de socialismo escandinavo nos seus discursos, há lá alguém emergente, que cedo e assustadoramente associarei à minha causa da diáspora política.

Cedo, a associação S, P & S transformar-se-á em S, P, S e D. Santana, Portas, Sócrates e Drago.

A única coisa interessante que a Política e os Políticos em Portugal têm, não são as diferenças entre S, P, S e D. Mas as semelhanças.

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